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Principais Lesões

Lesão de Cartilagem:

A cartilagem é um tecido que recobre a superfície de contato entre os ossos nas articulações. A cartilagem saudável tem características especiais que permitem o movimento da articulação com menos atrito, além da absorção e dissipação do impacto e forças que ocorrem durante a movimentação. A lesão da cartilagem pode ocorrer por mecanismo traumático ou por alterações degenerativas. Ela pode ser classificada pela ressonância magnética em lesão superficial (grau I), lesão profunda das camadas da cartilagem (grau II e grau III), e lesão atingindo a cartilagem e o osso subcondral (grau IV). Os principais sintomas são derrame articula e dor do joelho. A cartilagem danificada raramente regenera espontaneamente, e se não houver o tratamento adequado, a lesão pode progredir. Existem inúmeras terapias ortobiológicas que auxiliam na regeneração da cartilagem e evitam a progressão da doença.

Artrose

A artrose ou osteoartrose de joelho é uma condição provocada pela degeneração progressiva das diversas estruturas que compõem a articulação do joelho, abrangendo ligamentos, meniscos, superfície óssea, cápsula articular, cartilagem e sinóvia. Como resultado, o joelho passa a apresentar um encaixe inadequado entre suas estruturas, e com a evolução da doença, a capacidade de deambulação e movimentos fica prejudicada. Os principais sintomas são dor, derrame articular, limitação do movimento e crepitação (ranger) do joelho. Essa doença se desenvolve principalmente de forma idiopática, ou seja, espontânea e primária, principalmente em mulheres com mais de 50 anos e acima do peso. Em alguns casos ela pode se desenvolver por causa de fatores secundários, como necrose óssea, processos infecciosos e o uso excessivo da articulação. O tipo de tratamento vai depender do estágio em que a doença se encontra e se o formato ósseo está ou não afetado. Pacientes no início da doença podem realizar tratamento menos invasivos como fortalecimento muscular e infiltração articular. Os casos mais avançados e graves podem necessitar de tratamento cirúrgico, como a aplicação de uma prótese de joelho feita de componentes metálicos.

Lesão do Menisco

Os meniscos são estruturas fibrocartilaginosas aderidas à superfície articular da tíbia com função importante de amortecer, lubrificar, estabilizar e transmitir a carga femoral para a tíbia. O joelho conta com o menisco medial e lateral, e as suas lesões podem ser traumáticas ou degenerativas.  As traumáticas costumam ocorrer durante o movimento rotacional brusco do joelho, principalmente durante a atividade esportiva. A lesão degenerativa costuma ocorrer em pacientes com mais de 30 anos devido ao uso excessivo. Os principais sintomas são dor e falseio do joelho. Normalmente são tratadas com cirurgia artroscópica, podendo ser realizada a retirada da porção lesada ou sutura da mesma.

Síndrome Patelofemoral

É um distúrbio que afeta principalmente mulheres e pode ter caráter ósseo ou ser provocado pelo desequilíbrio muscular ao redor do joelho. Essas alterações impedem o encaixe correto do osso durante o movimento de flexão do joelho, predispondo a luxação ou subluxação da articulação, e causando um aumento da pressão da patela contra o fêmur. Os principais sintomas são derrame articular, instabilidade, dor e crepitação (ranger) do joelho. Caso não seja tratada, pode lesionar as estruturas ligamentares e a cartilagem articular, necessitando de tratamento cirúrgico.

Condromalácia Patelar ou Condropatia Patelar

A condropatia patelar é uma das lesões causadas por alterações patelofemorais e costuma ocorrer em mulheres entre os 20 e 40 anos. Geralmente o paciente começa a realizar movimentos repetitivos de flexão do joelho que provoca uma sobrecarga na cartilagem articular da patela contra o fêmur, acarretando em lesões. A lesão pode ser classificada pela ressonância magnética em lesão superficial (grau I), lesão profunda das camadas da cartilagem (grau II e grau III), e lesão atingindo a cartilagem e o osso subcondral (grau IV). Lesões iniciais podem ser tratadas de forma não invasiva, mas dependendo do grau da lesão pode ser realizado tratamento com ortobiológico para estimular a regeneração da cartilagem ou procedimento cirúrgicos para substituir a cartilagem danificada.

Instabilidade Patelar ou Luxação Patelar

A instabilidade patelar é uma doença em que o osso da patela sofre luxação, ou seja, se desarticula da articulação patelofemoral. A causa mais comum é a síndrome patelofemoral, onde ocorrem alterações de caráter ósseo ou desequilíbrio muscular ao redor do joelho que impedem o encaixe correto do osso durante o movimento de flexão do joelho. A segunda causa mais comum é devido ao trauma sofrido, principalmente, durante atividade física. Após um episódio de luxação é necessário a avaliação médica para identificação e tratamento de fatores que predisponham a novas luxações. Se não houver um tratamento adequado pode ter consequências a longo prazo como luxação recorrente, lesão de cartilagem e osteoartrose patelofemoral.

Lesão do Ligamento Cruzado (LCA)

O ligamento cruzado anterior (LCA) está localizado dentro da articulação do joelho e tem como principal função estabilizar o joelho principalmente em atividades que envolvam movimento de giro e de mudança de direção. Um dos problemas mais comuns do joelho é a ruptura do ligamento cruzado, atingindo em sua maioria jovens e pessoas ativas. A lesão costuma ocorrer de forma traumática durante o movimento rotacional brusco do joelho, principalmente durante a atividade esportiva. Nesse quadro, o indivíduo percebe um estalo no joelho, que evolui para dor e edema. Após isso, é comum que a pessoa sinta o joelho instável ou mesmo saindo do lugar. O LCA não cicatriza como deveria após sofrer lesão, e a cirurgia para reconstrução é o tratamento padrão para a maioria dos atletas. O período de recuperação é superior a 6 meses, e após isso, o praticante poderá retornar às suas atividades.

Lesão do Ligamento Cruzado Posterior (LCP)

O ligamento cruzado posterior (LCP) está localizado dentro da articulação do joelho e impede a translação posterior da tíbia em relação ao fêmur. O LCP é duas vezes mais forte do que o ligamento cruzado anterior (LCA), e tem uma incidência de lesão muito menor do que o LCA. A lesão costuma ocorrer de forma traumática com o joelho dobrado contra uma superfície, principalmente em acidentes automobilísticos, e menos comumente ocorrem por trauma torcional associado a hiperextensão, podendo ocorrer durante a atividade esportiva. O LCP possui um grande potencial de cicatrização e o tratamento conservador costuma ser a primeira opção. O tratamento cirúrgico está indicado no caso de lesão mais grave ou na falha do tratamento conservador.

Lesão do Ligamento Colateral Medial (LCM)

O compartimento medial do joelho é constituído principalmente por músculos e ligamentos responsáveis por estabilizar essa região do joelho. O ligamento colateral medial (LCM) é uma estrutura fundamental na estabilização do joelho, e costuma sofrer lesões por traumas rotacionais geralmente durante a atividade esportiva. A maior parte dessas lesões são tratadas de forma conservadora, sem a necessidade de reparo ou reconstrução cirúrgica, com resultados bons ou ótimos na maioria dos casos, demandando apenas uma reabilitação adequada. Quando existem lesões associadas ou crônicas isoladas deste ligamento, pode ser necessário cirurgia para reparo ou reconstrução.

Lesão do Ligamento Colateral Laterial (LCL) e Compartimento Póstero-Lateral

O compartimento póstero-lateral (CPL) do joelho consiste em um conjunto complexo de ligamentos e estruturas miotendíneas. As principais estruturas que compõem essa região são: o tendão do músculo poplíteo, o músculo bíceps femoral, o ligamento colateral lateral (LCM) e o trato iliotibial. A lesão que acomete uma ou todas essas estruturas pode provocar instabilidade e incapacidade de executar movimentos rotineiros. O tratamento varia de acordo com a gravidade da lesão, podendo ser necessário a reconstrução cirúrgica de três ligamentos do CPL.

Tendinite Patelar

A tendinite patelar, tendinopatia patelar ou doença do joelho do saltador consiste na inflamação do tendão patelar que liga a patela com a tíbia. O tendão patelar está diretamente associado aos movimentos de correr, chutar e saltar, assim esse problema é bastante comum em atletas. O tratamento fisioterápico é recomendado para a maioria dos casos, principalmente quando o tendão não está danificado, apenas debilitado e inflamado. Em quadros mais graves pode ser necessário tratamento cirúrgico.

Canelite

Canelite, síndrome do estresse tibial medial ou periostite tibial é uma lesão caracterizada por dor no terço inferior e medial da canela. A lesão é comum em mulheres e é causada por trauma por esforço repetido, principalmente corrida. Ignorar esta lesão pode agravar os sintomas ou resultar em uma condição mais grave, como uma fratura por estresse dos ossos da perna. A maioria dos casos são tratados com fisioterapia e reequilíbrio da musculatura.

Derrame Articular

O derrame articular, inchaço do joelho ou a popular “água no joelho” ocorre quando o excesso de líquido se acumula dentro ou ao redor da articulação do joelho. O liquido sinovial é uma espécie de lubrificante produzido pela cápsula articular que envolve o joelho. O liquido deve ter viscosidade para que as superfícies cartilaginosas deslizem sem atrito e deve conter nutrientes para que todas as células da cartilagem sejam nutridas. Em condições normais, a quantidade de liquido considerada normal no joelho é de 2 a 3 ml. Acima disso, temos o inchaço ou derrame articular. Existem inúmeras causas para que o derrame articular do joelho ocorra, como trauma, uso excessivo ou doença sistêmica (que acomete o corpo todo).

Osteocondrite dissecante

A osteocondrite dissecante é uma doença que afeta a cartilagem e o osso subcondral, que fica logo abaixo da cartilagem, podendo o ocorrer o destacamento de um fragmento da cartilagem e osso. É uma doença que costuma iniciar na pré-adolescência e adolescência, mas em alguns casos ela pode ter poucos sintomas e ser descoberta apenas mais tarde na idade adulta. O tratamento depende da idade do paciente e de como o fragmento se apresenta, podendo ser realizado o tratamento conservador ou tratamento cirúrgico.

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