Tratamentos
A infiltração no joelho é um procedimento no qual algum tipo de medicamento é injetado, na maioria das vezes, dentro da articulação do joelho por meio de uma seringa e uma agulha. É um procedimento simples que pode ser feito no próprio consultório médico por meio de uma técnica asséptica e com uma pequena anestesia local. Conforme o tipo da doença ou lesão do joelho, há vários medicamentos que podem ser usados na infiltração do joelho. Dentre os mais comuns usados no dia a dia, estão os derivados do ácido hialurônico, os corticóides (cortisona) e eventualmente alguns anestésicos.
Tratamentos:
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Ácido hialurônico (Viscossuplementação)
O ácido hialurônico é o componente principal do líquido sinovial e auxilia na lubrificação e na nutrição da articulação do joelho. É indicado principalmente em pacientes com artrose inicial do joelho, com desgaste inicial da cartilagem do joelho ou com condromalácia patelar. Alguns estudos mostram que a viscosuplementação articular com ácido hialurônico pode até desacelerar a velocidade do desgaste da cartilagem sem, no entanto, curar a lesão. Após a infiltração, os resultados da viscosuplementação articular aparecem entre 15 a 30 dias e tem duração entre 6 meses a 1 ano, quando então pode ser repetida conforme a necessidade.
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Corticóide:
Ele tem a função de diminuir a inflamação do joelho, aliviando a dor do paciente. Geralmente a infiltração de corticóide no joelho é indicada em pacientes com artrose do joelho, sinovite e alguns tipos de artrite do joelho. A duração dos efeitos da infiltração de corticóide é mais curta que a da viscosuplementação articular, durando entre 15 a 60 dias.
Se você tem dor no joelho ou desgaste na cartilagem do joelho, consulte um ortopedista especialista em cirurgia no joelho para uma avaliação detalhada do seu caso e se há indicação da infiltração no seu joelho.
As terapias biológicas apresentaram avanços significativos na medicina regenerativa nos últimos anos. Uma terapia biológica consiste no uso de produtos ou células obtidas do próprio paciente ou de pessoas doadoras e tem como objetivo promover a regeneração ou a cicatrização de lesões teciduais por meio da ação reparadora destas células, da liberação de fatores de crescimento, do controle da resposta inflamatória e do estímulo na formação de novos vasos sanguíneos, dentre as funções mais importantes. As células ou produtos biológicos são obtidos com técnicas minimamente invasivas e utilizados nos pacientes por meio de infiltrações locais ou aplicações articulares no joelho conforme a necessidade de cada situação. As principais indicações para o uso de terapias biológicas no tratamento do joelho são: artrose do joelho, lesões da cartilagem, edema do osso subcondral, ruptura do menisco ou dos ligamentos e tendinites.
Tratamentos:
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PRP (Plasma Rico em Plaquetas)
O PRP é definido como uma pequena quantidade de plasma (parte líquida do sangue) contendo uma alta concentração de plaquetas, que são as células sanguíneas cuja função principal é auxiliar na coagulação e na hemostasia tecidual. Além disso, as plaquetas contribuem com a formação de novos vasos sanguíneos e produzem diversas substâncias como fatores de crescimento e citocinas que estimulam o metabolismo e a proliferação celular para, assim, ajudar na reparação e na regeneração tecidual. Então, o objetivo do uso de PRP é auxiliar no controle da resposta inflamatória e potencializar a reparação e a regeneração dos tecidos lesionados. É importante salientar que ainda há controvérsias nos estudos científicos tanto em relação ao uso do PRP quanto às suas diversas formas de preparação.
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Células-tronco mesenquimais
As células-tronco mesenquimais são células imaturas que têm a capacidade de se reproduzir e de se diferenciar em outros tipos de células maduras, além de contribuir com a formação de novos vasos sanguíneos e de influenciar diretamente no ambiente tecidual que estão presentes. O objetivo do uso de células-tronco mesenquimais na medicina é proporcionar uma reparação tecidual com melhor qualidade, maior resistência e durabilidade mais prolongada em relação aos tratamentos convencionais, restaurando os tecidos danificados com características semelhantes ao original. Dentre as diversas fontes de células-tronco mesenquimais presentes no corpo humano, as mais comumente utilizadas na ortopedia são obtidas dos ossos, do tecido adiposo (gordura) e do cordão umbilical.
As Cirurgias Ortopédicas são para tratar doenças que afetam o seu sistema locomotor, seus ossos, articulações, músculos, ligamentos, tendões e nervos.
Tipos de procedimentos:
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Videoartroscopia
É uma cirurgia realizada por vídeo por meio de 2 a 3 “pequenos furos” de 0,5 a 1cm na frente do joelho e uma óptica é colocada dentro da articulação. É uma cirurgia que permite melhor visualização das estruturas intra-articulares e maior precisão e melhores resultados na cirurgia do joelho. Além disso causa uma menor agressão aos tecidos do joelho proporcionando menos dor pós-operatória, permitindo um tempo total de recuperação do paciente mais rápido com retorno mais precoce ao seu trabalho e esporte. É utilizado para muitas doenças do joelho, as principais são: lesão do menisco, lesão do ligamento cruzado anterior, lesão da cartilagem, luxação da patela, lesão de ligamento cruzado posterior, lesão multiligamentar do joelho, sinovite, corpos livres, tendinites do joelho e algumas fraturas do joelho.
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Tratamento de Lesão de Menisco
É realizado pela técnica de artroscopia do joelho e dependendo do tipo de lesão pode ser feito diferentes tratamentos: meniscectomia, sutura de menisco e transplante de menisco.
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Sutura do menisco: Consiste em costurar o tecido meniscal. Um dos principais benefícios deste tipo de tratamento é que permite que nenhuma parte do menisco lesado se perca, como quando acontece na meniscectomia, e vivemos com o menisco com tamanho reduzido. Mas por outro lado, o procedimento é complexo, do mesmo modo que a sua recuperação. Isso porque, a cicatrização é um pouco mais demorada. Após a cirurgia, o paciente permanece por um período de até 3 semanas sem apoiar o pé do lado operado no chão, e seu retorno às atividades é mais lento.
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Menisectomia: é indicado para as lesões que não podem ser suturadas, tipicamente lesões mais centrais e crônicas, e consiste na retirada da parte do menisco que está lesada. A recuperação é mais rápida do que a sutura de menisco.
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Reconstrução de Ligamento Cruzado Anterior:
O tratamento mais indicado para a ruptura do ligamento cruzado anterior (LCA) é a reconstrução cirúrgica. A cirurgia é feita através de um procedimento artroscópico e é realizada uma incisão adicional para a retirada do enxerto que terá a função de um novo ligamento cruzado anterior, este enxerto pode ser retirado dos tendões flexores, patelar ou quadriceptal. São confeccionados túneis ósseos na tíbia e fêmur para que seja criado um caminho para a passagem do novo ligamento semelhante a anatomia original, esse ligamento será fixado com parafusos para manter o joelho estável até a sua completa integração. O indivíduo pode se recuperar completamente da cirurgia em até 6 meses, podendo retornar às suas atividades esportivas.
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Tratamento cirúrgico para luxação recidivante da paleta:
A luxação recidivante da patela pode ter várias causas associadas e o tratamento será direcionado para correção de todos os fatores que causam a luxação da patela. Os procedimentos mais comuns são:
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Reconstrução do ligamento patelofemoral medial: é o procedimento mais comumente realizado na luxação patelar. Geralmente, utiliza-se o tendão do músculo grácil, em um procedimento parecido com o realizado na reconstrução do ligamento cruzado anterior, onde o novo ligamento é fixo a patela no fêmur. A recuperação exige dedicação intensa na fisioterapia para o retorno as atividades esportivas em aproximadamente 6 meses.
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Osteotomia para correção da altura patelar: alguns pacientes apresentam a patela numa posição anatômica mais alta e/ou lateralizada o que leva a uma alteração no encaixe da patela na tróclea durante a flexão do joelho. Estes pacientes podem ser submetidos a uma osteotomia da tíbia para reposicionar a patela.
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Tratamento de lesão de cartilagem:
As cirurgias para o tratamento das lesões da cartilagem do joelho variam conforme o tipo, o tamanho, o local, a idade do paciente e as lesões associadas ao joelho. Opções de procedimentos:
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Microfaturas: uma das opções mais simples, a técnica chamada de “microfraturas” é indicada para lesões pequenas quando a lesão atinge o osso subcondral (abaixo da cartilagem). Essa técnica é realizada por artroscopia onde são realizadas microperfurações no osso subcondral que proporcionam a migração de células sanguíneas e a formação de um coágulo sanguíneo. Esse coágulo terá a função de recobrir o “buraco” da cartilagem e formará um tecido conhecido como fibrocartilagem. Entretanto, a resistência deste tecido não é duradoura, pois não apresenta as mesmas características histológicas e bioquímicas da cartilagem original.
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Transplante osteocondral autólogo ou Mosaicoplastia: está técnica consiste na retirada de cilindros de cartilagem e osso de uma área do próprio joelho que não recebe carga, para o transplante na área do defeito na cartilagem. Essa técnica é realizada por artroscopia ou cirurgia aberta.
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Membrana de colágeno (condrogêse autóloga induzida por matriz): a técnica consiste na colocação de uma membrana de colágeno que é suturada ou colada para recobrir o defeito da cartilagem. Esta membrana de colágeno tem a função de conter as células-tronco oriundas da medula óssea do osso subcondral, propiciando um meio para o desenvolvimento, a multiplicação e a diferenciação destas células em células da cartilagem. Com isso, consegue-se um tecido muito mais próximo da cartilagem original, com mais resistência e durabilidade.
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Osteotomia do joelho:
Indicado para pacientes que apresentam lesão de cartilagem em um dos lados do joelho (medial ou lateral) associado ao desvio do eixo do membro inferior. Pode ser feito a osteotomia varizante para o joelho valgo (joelho para dentro) ou a osteotomia valgizante para o joelho varo (joelho para fora). Esta técnica tem como objetivo diminuir a pressão no lado desgastado do joelho, aliviando a dor do paciente.
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Artroplastia do Joelho:
Indicado para pacientes com osteoartrose avançada onde há uma alteração na estrutura do joelho de forma que o encaixe perfeito entre o fêmur, a tíbia e patela se perde e a função da articulação fica comprometida. Por se tratar de uma doença sem cura, a única maneira de restabelecer essa congruência é através de uma cirurgia de joelho, capaz de substituir a cartilagem doente e o osso danificado por uma prótese de joelho, composta por um elemento metálico que irá ficar no lugar da superfície articular dos ossos do joelho. Entre os componentes metálicos está um plástico de alta resistência e durabilidade chamado polietileno, que evitará o atrito do fêmur com a tíbia. Desse modo, o paciente vai conseguir voltar a andar e movimentar o joelho sem sentir dor provocada pela limitação da artrite ou artrose. Geralmente, não existem restrições para a descarga de peso e realização das atividades diárias e a pessoa pode retornar com os seus afazeres após um curto período de pós-operatório. Este procedimento pode ser realizado através da cirurgia robótica onde o robô auxilia o médico gerando mais precisão para a execução da artroplastia. Vale ressaltar que se o problema for apenas em um lado do joelho, é possível substituir apenas parte da articulação. Nesses casos, pode ser realizado a prótese unicompartimental do joelho.
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Neurotomia dos nervos geniculares:
Também conhecido como Rizotomia, a neurotomia é realizada através de ablação com radiofrequência (RF), a qual gera o calor necessário para lesão neuronal sensorial nos nervos geniculares (do joelho) desejados. As principais indicações no joelho são: Artrose Moderada/Grave, com Dor de moderada a severa e falha do tratamento conservador, principalmente em idosos; Persistência da dor, mesmo após realizado artroplastia total de joelho; e Pacientes com indicação de artroplastia total de joelho e que se recusam a submeter-se ao tratamento cirúrgico.
Consulta em traumatologia
Especialidade da medicina que cuida das lesões do sistema locomotor caudadas por trauma, seja Fratura óssea (quando o osso quebra perdendo o contato entre as superfícies), Fissura óssea (quando o osso sofre uma rachadura, mas não perde totalmente o contato entre as superfícies), Lesão ou Ruptura de tendão (lesão da estrutura que une o músculo ao tendão), Lesão ou Ruptura de ligamento (lesão da estrutura que une dois ossos e promove estabilidade para a articulação), Estiramento muscular (quando o músculo sofre uma ruptura incompleta, ou seja ele não perde continuidade no seu tecido), Ruptura muscular, Luxação articular (quando a superfície de dois ossos que formam a articulação perdem o contato), entre outras. Estar lesões podem ser acusadas por queda, acidente automobilístico, violência física, lesões ocorridas durante a prática esportiva, acidente de trabalho, etc.
Consultas em ortopedia
Especialidade da medicina que cuida das doenças do sistema locomotor de caráter mais crônico ou degenerativo, ou seja, lesões que não foram desencadeadas de forma aguda por um evento traumático. As principais queixas são dor, dificuldade para realizar suas atividades diárias, perda de amplitude de movimento, sensação de falseio ou instabilidade, fraqueza muscular, entre outros.
Consulta Presencial
Atendimento individualizado e personalizado que é composto por Anamnese (diálogo entre o paciente e o médico para ouvir as queixas do paciente e entender a doença), Exame físico (observação do paciente e realização de manobras para auxiliar no diagnóstico), e Solicitação de exames complementares (em alguns casos pode ser necessário solicitar algum exame, como por exemplo ressonância, tomografia e radiografia, para auxiliar no diagnóstico). Após a definição do diagnóstico a patologia é explicada de forma didática para o paciente assim como o seu planejamento terapêutico.
Consulta Online
Atendimento personalizado de forma remota e virtual. Permite a realização de Anamnese, Solicitação de exames, Consultas de retorno para avaliação de exames solicitados, Consultas de retorno para avaliar a resposta ao tratamento, entre outros.